
Vulcão
Teria perdido um relógio...
tic tac... vai e volta... gira e...
ponto a ponto alinha o tempo com os ponteiros...
Teria achado um rumo, mas esse rumo se perdeu no escuro. Anulou-se no comum que me odeia. A rotina sufocou os sentidos e trouxe o incerto como certo.
O ponto chegou, o fim foi inevitável e um novo parágrafo se fez. Mudança de linha contida, justificada e dolorida. Pois para se fazer o novo, é inevitável mudar de lado...
O novo começa sem chão, sem pé, sem cabeça, sem força... mas com uma propulsão inexplicável... uma intensidade que brota da Terra, que aquece e conforta a dor que fica depois de esvaziar um passado.
O medo toma conta do recado, cria barreiras e fecha portas. Fase cheia de defesas de envolvimentos... barreira de gelatina contida... Parece sólida, mas não passa de uma máscara mal elaborada... a vontade é de ser preenchida... de ser invadida... conquistada... e completada ... hum... completo! Um recheio de descobertas de novos mundos... hum... se permitir... talvez seja utópico dizer que as pessoas reagem assim, mas ainda acredito no ser leve, pleno e cheio de vida...
A espera da alma... esvaziar para preencher...
Esvaziei... Estou leve... enfim... posso voar...
Fabiane Rivero Kalil
Um comentário:
Docinho, mantenha essa falsa ingenuidade o máximo que vc conseguir. A hora que vc admitir, porque sacar vc já sacou, que os monstros existem e são muitos, essa inocência consciente da juventude vai virar fumaça. Bj.
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