29/05/2007


MOSCA

Tem tanta gente doente aqui, que as moscas morreram. Mas elas simplesmente não morreram assim, de ficarem estateladas na janela. Elas morreram agonizando, assistindo a própria morte pelo reflexo do vidro. (Ana Lucia - http://publicaveis.wordpress.com/)



Vidas que atravessam momentos espelhados... caminhos refletidos e doenças transmitidas...
Vivi... me vi... me viram... as vezes me viam espelhada em momentos do outro lado que me via, confundindo sentidos, agonizando entrelinhas...


... um lado só é o que na real é o outro lado... Assim, suponho eu, que se constroem as direções erradas... momentos equivocados... anulados... por imagens invertidas... por espelhos colocados, mostrando o certo do lado errado...


Desinverta, desespelhe, desagonize... VEJA! N reflita-se... REFLITA!


Fabiane Rivero Kalil

24/05/2007


BADI ASSAD


"O verde representa floresta. O verde
representa Brasil. O verde representa
fotossíntese. O verde representa a
madeira ainda úmida – ou seja,algo
que ainda está em processo, ao invés
de um produto acabado. O verde é
maravilhoso. O verde é esperança, é
harmonia. Quando se observa a mata
de longe, você enxerga perfeita
harmonia. Somente quando nos
aproximamos dela é que percebemos
as várias tonalidades de verde.
Acredito que este CD tenha essa
similaridade. Tem uma harmonia de
cores, mas cada parte tem uma
tonalidade diferente." Badi Assad


Dedos dançarinos, corpo envolvido, alma sonora que passa o som da vida através de um violão... Badi Assad é o nome dessa harmonia.

Grávida de 8 meses, Badi se apresentou numa intensidade inigualável, no sesc Vila Marina, na noite de ontem. Quem viu aplaudiu de pé.

Seu estilo é formado e influenciado por nomes de peso da música mundial, que vai desde seu pai, Jorge Assad, até Björk; do erudito à influências do rock.

Os apaixonados por boa música tiveram uma refeição completa, com várias tonalidades, contextos, estilos, momentos... Emoção é pouco para descrever a música, pois você sente com os poros e a vibração com a alma.... é uma experiência nova a cada show, uma nova pessoa se forma depois das influências transmitidas por Baldi. Ela passa todas essas influências concentradas, modulas e lapidadas... é música... é ar... é corpo... violão... voz, num todo que se faz perfeito, mesmo que seja só por alguns momentos...

Badi Assad está de volta com Verde, seu primeiro disco solo após seis anos de hiato, deixando claro que, ao lado de Zélia Duncan, Adriana Calcanhotto, Ana Carolina e Vanessa da Matta, ela é uma das mais interessantes e originais violonistas, cantoras e compositoras brasileiras da nova geração.

O título Verde é uma alusão à infinidade de tonalidades que existem na mata. Badi procura refletir esta variedade em sua música, não seguindo nenhum estilo específico. Trabalha não apenas com diversos tipos de ritmos e estilos brasileiros, mas também bebe na fonte da música clássica e do jazz, do pop contemporâneo e do rock.

Badi Assad, batizada como Mariângela Assad Simão, nasceu em 1966, na cidade de São João da Boa Vista (SP), mudando em seguida para o Rio de Janeiro, onde ficou até os 12 anos.

Seu pai Jorge, descendente de libaneses, decidiu mudar-se com a família para o Rio em 1969, para proporcionar aos irmãos de Badi, Sérgio e Odair, aulas de violão clássico com a Argentina Monina Távora, pupila do grande Andrés Segovia. Em meados dos anos 80, já como Duo Assad, seus irmãos ganharam reconhecimento e popularidade mundial.

Badi queria seguir os passos do irmão, mas por ter aprendido piano primeiro, só pegou no violão aos 14 anos. Um ano depois, já dominava o instrumento e subia aos palcos participando e ganhando concursos nacionais e internacionais. O próximo passo seria estudar música na Universidade do Rio de Janeiro.

Em 1989, gravou seu primeiro álbum, Dança dos Tons, lançado somente no Brasil na época. No entanto, em outubro passado, o CD foi relançado internacionalmente com quatro faixas bônus, rebatizado de A Dança das Ondas. Em seguida, Badi iniciou experimentações vocais, produzindo sons de percussão com a boca, que foram acrescentados à sua música. Novos e exóticos sons, além de infinitas possibilidades adicionadas à sua já excelente performance no violão.

Cedo, ela demonstrou suas excepcionais qualidades em colaboração com outros artistas. Em pouco tempo, Badi apareceu ao lado de grandes músicos como Pat Matheney, Hermeto Paschoal, Milton Nascimento e Dori Caymmi. No entanto, foi somente em 93, quando Badi assinou contrato com o selo Chesky Records, conhecido por ser extremamente exigente musicalmente, que ela ganhou o cenário internacional.

Em 94, Solo, seu álbum de estréia no selo, foi lançado nos Estados Unidos, seguido por Rhythms, em 95, e Echoes of Brazil, em 97. A cada lançamento, seu prestígio internacional aumentava. Em 94, a revista Americana GuitarPlayer, considerou-a, junto com artistas como Charlie Hunter, Ben Harper e Tom Morello (do grupo Rage Against The Machine), um dos 10 jovens talentos que mais revolucionariam o uso das guitarras nos anos 90.

O álbum Rhythms foi considerado uma das gravações mais importantes do ano de 95, no universo da música clássica e do jazz.Com o álbum, Chameleon (i.e.music/Polygram), gravado em 98, Badi galgou outros tantos degraus, superando seus lançamentos anteriores e apresentando músicas, quase que exclusivamente compostas em parceria com seu futuro marido, Jeff Scott Young. O álbum vendeu muito bem, especialmente na Alemanha e Espanha, onde a música "Waves" ficou entre as 10 primeiras durante semanas, melhor posicionada que um hit pop de Madonna.

Três anos de mudanças radicais se seguiram após o lançamento de Chameleon. Primeiro, Badi sofreu de uma incapacidade motora que quase a impossibilitou de tocar violão. Depois, ela se separou do marido Jeff e, finalmente, em 2001, retornou ao Brasil após quatro anos de Estados Unidos, para onde tinha se mudado para investir em sua carreira.

Em 2003 ela gravou para o selo Chesky Records o álbum Three Guitars, ao lado dos maravilhosos guitarristas Americanos, Larry Coryell e John Abercrombie. Um álbum acústico que recebeu críticas entusiasmadas. Badi Assad agora quer mostrar seu novo álbum – Verde. O repertório é formado por uma inusitada mistura de novas interpretações altamente pessoais de clássicos brasileiros e americanos, além de novas composições, duas das quais compostas em parceria com Jeff Young.

Em Verde, as composições de Badi aparecem ao lado das popularíssimas "Asa Branca", de Luiz Gonzaga, e "Bom Dia, Tristeza", de Adoniran Barbosa e Vinícius de Morais, passando por novas leituras de Björk e "One" do U2. Entre seus acompanhantes, destacam-se o baixista e co-produtor de Badi, Rodolfo Stroeter (que tem o selo independente Pau Brasil (SP) e lidera uma banda de jazz homônima); o percussionista Nana Vasconcelos; o flautista Teco Cardoso (conhecido da banda da Joyce) e Toninho Ferragutti, virtuoso do acordeão.

Na faixa de abertura "Cheguei meu Povo" Badi conta com a participação do grupo Cordel do Fogo Encantado anunciando sua chegada. Toquinho, convidado muito especial, faz um dueto de violões com Badi na faixa "Implorando". Como violonista de reconhecida técnica e de insaciável sede de inovar, Badi Assad atraiu um grupo crescente de fãs fiéis nos últimos 10 anos, entre críticos e colegas instrumentistas, mundo afora.

Com sua voz dinâmica e eletrizante, certamente ganhará novos admiradores com o novo disco, agora pelo selo alemão DG (Universal Music). "Acho que tenho algo a dizer às pessoas, não somente àquelas que gostam do meu violão", conta Badi. "Gostaria de apresentar meu universo musical a todas as pessoas – para as que ouvem pop, jazz, clássico, rock ou música brasileira, não importa." Sem dúvida, essa brasileira de 37 anos de idade, em breve estará alcançando esse objetivo e muitos outros.

18/05/2007

Pena de Morte


E que minha loucura seja perdoada, minhas guerras sejam amenizadas.. para que a luta do eu contra eu seja apenas a diferença do que eu fui pro que eu sou!! Se em mim existir diferença do ontem pro hoje eu já estarei muito feliz, se não houver necessidade de saber sobre o amanhã eu estarei leve como busco ser e livre de todos os medos que eu carrego.
"O medo é a medida da indecisão", por isso, apenas sou uma menina muito confusa..
medo da minha única virtude.. O AMOR!! (PATY)

Lutas incertas e eu sentada numa cadeira elétrica
Erros encobrem acertos... certos, não errados!

Ontem a distância traçou sua rota, hoje o adeus acenou em sua volta. Dias intermináveis, pensamentos inacabados, sentimentos infundados. A marca moveu o amor e reinventou a dor. Dor... dor... dor.. dor..dor..dor... martirizou tudo em sua volta.

Acordei com pressa, pois eu sei que viver é melhor que sonhar e que viver é uma coisa boa... humm.. já ouvi isso antes, ah! Sim! Como pude me esquecer... sábias palavras da nossa querida Elis Regina...

Não quero lhe falar meu grande amor
das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar, eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa...

... Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem...
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos...


Diria que o passado sempre diz muito, muito mais que o presente, muito mais que o futuro... pessoas se prendem ao passado, outras ao futuro... mas... mas... o que somos? PRESENTE! Ops... já passou... agora é um novo agora, e agora outro novo agora, i... passou de novo... ops... é, n é mais.... (rs)... cada pedacinho de tempo é o tempo q é e que foi... e quegera e que move e que planta e que move e que cria e que move... e as pessoas continuam paradas!

Aaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh queria gritar! Mas hoje é um novo que se faz... sempre dando a chance de fazer coisas novas, atitudes novas... reestruturar, recriar, remodelar tudooooo que existe!

Não sei ficar parada... não quero! Mas faço questão de parar para esperar... sim! As vezes, se você continua você se perde ou perde alguém ou alguma coisa... as vezes é necessário parar e esperar o tempo passar... mas isso n é inércia...


ps: clicar na foto faz ela ficar maior... dá pra ver mais detalhes da minha montagem...


Fabiane Rivero Kalil