04/12/2009


ÉRAMOS LIVRES EM NÓS MESMOS
E ISSO TORNAVA-NOS INSEPARÁVEIS
SEMPRE PERTO, MESMO LONGE...


Amigo

Amigo sorriso moleque
Mão segura... juntos!
Sem freio no cadilaque

Sempre aqui! Sempre!
Inseparáveis na ida ou na vinda
existia vida!

Digo agora EXISTE vida
dentro de mim...

Doce amigo nunca deixarei
Que nossas lembranças morram
Que nossos sorrisos se apaguem
Que nossos sonhos voem
e quantos sonhos!
Quantos?
Tantos que seria impossível contar...

Nossa história é um belo conto
e se eterniza nas palavras...

Você, meu bom amigo
Ache vida aonde quer que esteja
Ache alegria....
E espero que
finalmente
encontre o que tanto busca...

Hoje choro por nós
pelos que ficaram
pelos que ainda trilham
essa vida...
Vida muitas vezes sem luz
Dura, dolorida... a gente SENTE!

Por ti abro um sorriso
Por ti morro de saudades
Se tivesse um pedido
pediria teu abraço

Voe em paz!
Abra os braços e sinta o vento
Voe plenamente na plenitude dos céus
Desenrole o suspense da vida
e sorria por ter VIVIDO
por ter AMADO
por não ter tido medo de VIVER

Estou contigo em meus braços
estou de mãos dadas...
continuamos...
ANDANDO...



E AQUI CANTO NOSSA ÚLTIMA MÚSICA (CANTADA DESAFINADAMENTE - LÓGICO MEU CARO! RS)

"E nossa história
não estará pelo avesso assim
sem final feliz...

Teremos coisas bonitas pra contar
mas até la
vamos viver
temos muito ainda por fazer
não olhe pra trás...
apenas... começamos!

O mundo começa agora...
aaaaa
APENAS... COMEÇAMOS!!!"


Uma homenagem aos meus grandes amigos RIQUE e GU!

Com carinho
Com amor
Com saudades...
Fabiane Rivero Kalil





03/12/2009

VIDA

Recriei!
Momentos vis
Momentos cegos
Momentos abertos

Recri!
Na fé dos homens
no flagelo constante
na figura do tempo

Tempero!
Salguei!
Senti, me despi...

...até... mais
Salguei demais...


Momentos esculpidos
moldurados presos
quebrados...

Liberdade!
Voar livremente
em mim...
Descobrir o meu
Achar sinceridade
Dentro...

Fora!
Só depois...
colocar vida
em tudo
que não dentro...
em tudo que está fora...
e criar novos
momentos...

Respiro!
cheiro de mato molhado
cheiro de orvalho
cheiro de vida vivida suada...
lavada...

Renovada!!!!


Com carinho, Fabiane Rivero Kalil
a todos que tem paixão pela vida!

22/11/2009




Pintinhas de céu.

Hoje o céu invadiu a noite
colheu todas as estrelas e
pintou uma obra de arte
Perfeita...
Suave...

Invadiu com toda profundidade
com toda incerteza de um oceano

Mar aberto
Mar perto
Mar... ar...

Intenso.

Abracei todas as estrelas desse céu
Contei cada uma delas
Menores, maiores...
Tentei sentir cada pedacinho de espaço
Mas antes que eu pudesse estar
Eu acordei desse sonho azul.

E a única lembrança que me resta
é a brisa que traz...
Quando o vento toca com cheiro...

Guardei num lenço meu desejo
de voltar lá... no céu esculpido
cuidado e lapidado por Deus...

Doce sonho... sorriso encantado de manhã...
Ainda há orvalho...
Ainda há....
Um doce fim, um novo começo...


Fabiane Rivero Kalil



20/11/2009



Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem acabei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem  alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é, Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem; Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou.  Por isso, alheio, vou lendo Como páginas, meu ser. O que soque não prevendo, O que passou a esquecer. Noto à margem do que li O que julguei que senti. Releio e digo :  "Fui  eu ?" Deus sabe, porque o escreveu.  Fernando Pessoa



Poema em linha reta


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.

Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,

Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,

Indesculpavelmente sujo,

Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,

Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,

Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,

Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,

Que tenho sofrido enxovalhos e calado,

Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;

Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,

Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,

Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,

Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado

Para fora da possibilidade do soco;

Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,

Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo

Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,

Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana

Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;

Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!

Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.

Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?

Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!

Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,

Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!

E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,

Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?

Eu, que venho sido vil, literalmente vil,

Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.


Fernando Pessoa

18/11/2009


Existe uma ponte. Existe um sim. Existe um lago. Existe um fundo. Existe um horizonte. Existe uma bola. Existe um coração. Existe um batimento. Existe um corpo. Existe um movimento. Existe uma respiração. Existe uma vida. Existe uma chance. Existe um precipício. Existe um momento. Existe um tempo. Existe um por que. Existe uma resposta. Existe um principio. Existe um fim. Existe uma escolha. Existe um não. Existe você. Existo!


Fabiane Rivero Kalil

16/09/2009




SONHO LARANJA



Espaço no tempo deslocado... mágico. Parei diante da intensidade e ela me respondeu com um suspiro. Respirei. Inspirei. Coração acelerado sentia ondulações paralisadas. Presa num pedaço de momento. Até que a suavidade tomou conta do sabor, cheiro e tempero, misturado com o todo que parou.


Senti minha mão enveludada, envolta de quimica organica codificada pela não razão de estar. Belo sonho. Pedaço de verdade soluvel. Pedaço de ilusão palpavel.


Sonho bom que voa para longe assim que meus olhos se abrem. Mas que talvez volte, quando um dia os fechar...


Um prazer da vida... Sonhar!!!



Fabiane Rivero Kallil





27/07/2009


Mudança



Tudo fica pequeno quando se alcança

Pequeno do tamanho de uma criança


Pequei no todo que cansa

Tropecei no pé que dança


Pé que muda duma dama

Vira moda de mudança

Se não mudar vira muda

Cala a alma da música



Fabiane Rivero Kalil


28/01/2009

Ciclo

Lugar, vazio
Lugar, olhar
Lugar, visto
Lugar, instinto...

Encontro
Desencontro
Tempo --------------------- espaço
Você, eu...e...eu

Ritmos, batidos
Indo e vindo
Idas e vindas
Vidas,... vividas

Movimentos que movem
Ventos que acolhem
Que acolhem
e recolhem
encolhem
olhem
em
me
e....

Fabiane Rivero Kalil

12/01/2009

FELIZ 2009!

Depois de ter me vestido de "arco-íris" no ano novo (afinal eu quero dinheiro, amores, paixões, paz, esperança...), ter pulado as ondinhas e ter jogado algo para dona do mar, voltei para o cotidiano paulistano.

Movimentos, carros, luzes, informações em cada milímetro de asfalto... Confesso que fiquei um pouco tonta e minha cabeça doeu levemente com o peso da cidade grande.

Percebi esse fato quando entrei no shopping. Não sei se foram as luzes que me hipnotizaram, ou se foi ar rarefeito que fez meu cérebro perder a capacidade de pensar, só sei que senti um desejo incontrolável de consumir coisas inúteis. Não importa quem ou o que foi o culpado, só sei que, inexplicavelmente, comprei um cofre no formato de um porco de pelúcia que canta "my only sunshine" toda vez que vc coloca uma moeda nele. Fantástico!

Fim de ano é o paraíso fiscal da política brasileira. Afinal, para que falar de crise, guerras e efeitos colaterais causados pelo desequilibrio ambiental, se está chegando o carnaval? Para quê? Eu não vejo motivo algum para parar de sermos o que somos, agir como agimos, afinal, o próximo ano chega rápido... E viva a fanfarra! E feliz ano novo, que 2009 seja melhor que 2008... Ops! Déjà vu!...


Fabiane Rivero Kalil


09/01/2009

CER

Olhar e ver
Ver e sentir
Sentir e... transformar!

Palavras ditas
Palavras escritas
Palavras mudas
munidas
musicadas...

Porém cheias de cheiras com cerejas...
Ventos em loco
não locomovem
nem movem...

O sentido
que a cada dia é dito
ditado
editado...
tato!


Fabiane Rivero Kalil