05/11/2008

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Formei-me em jornalismo. Sim! Como pessoa curiosa que sou, achei que realmente era a melhor opção a se fazer. Afinal, sendo uma jornalista poderia falar sobre cinema, tecnologia, animais, doenças, cultura...

Só pelos temas dá para ter certa noção de todas as coisas que eu gostaria de ser... Sim! Eu já quis ser médica, cientista, veterinária, atriz, diretora de cinema, roteirista, crítica de cinema e fazer mecatrônica.

Depois que me formei, descobri que eu fazia muitas coisas que a maioria dos jornalistas não sabiam fazer. Eu editava vídeo, fazia layout para sites, animação em flash, artes no corel e ilustrator, roteiros, estudava 3D e amava aparelhos eletrônicos. Eu me achava uma ótima jornalista, só não entendia uma coisa, as pessoas insistiam para que eu fizesse matérias usando as regras da nossa excelentíssima gramática e que estivessem dentro das regras específicas dos textos jornalísticos, o mais conhecido lead. Eu simplesmente odiava escrever esse tipo de texto, afinal, não era história, não tinha emoção, e quanto menos adjetivos fossem usados, melhor era o texto. Meu deus! O que é um texto sem sensações?

Até que um belo dia, depois de quatro anos ACHANDO que eu era JORNALISTA, fui numa entrevista na Jovem Pan, onde descobri que eu não fazia nada que um jornalista faz. Eu era tudo, menos jornalista. Meu texto não serve para os jornais, talvez para a parte de crônicas. Mas para eu escrever nessa editoria, eu teria que ter uma credibilidade fora do normal, ou seja, teria q ser jornalista de trás para frente.

Depois que descobri que não sou uma jornalista, descobri que eu sou... Hum! Eu sou... Difícil! Não sou nada! Simplesmente sei fazer algumas coisas que as pessoas gostam...

Acho que voltei ao marco zero! Acho q já posso voltar para barriga da minha mãe!
Fabiane Rivero Kalil