12/12/2007




Niilismo X pessimismo



Pessimismo não é uma negação à vida... pessimismo nada mais é que enxergar o “péssimo” e transforma-lo. Ou seja, na visão otimista o pessimismo é uma boa solução de melhora e de não conformismo.


Nos dias de hoje a industria cultural nos fez acreditar que a melhor forma de viver é no conformismo... Ela fez seu papel tão bem feito, que até a palavra de movimentação perdeu o sentido. Quando falamos que alguém é pessimista logo nos vem à mente alguém depressivo e de mal com a vida. Porém, ninguém nos explicou que o pessimismo é vida... Diferente que a maioria pensa. O pessimismo não é a favor dos males, mas sim a favor de melhorias.


Niilismo é uma corrente filosófica que influenciou muitos dos nossos pensadores, como Nietzsche, Schopenhauer, Ivan Turgueniev, Dostoievski e Bougart.


O niilismo é a luta constante contra a moral, esta empregada desde o tempo de sócrates, ou seja, a moral cristã dos dias de hoje. Destruindo a moral, os niilistas caem num vazio. Este vazio da ausência de tudo, desde sonhos, Deus, a vida perde o sentindo e o que resta é a espera da morte.


Existem duas vertentes do niilismo. Uma é pregada com passividade e conformismo, cujo o único objetivo e solução é a morte.


A outra é reencontrar a moral dentro de cada Homem, como acreditava Nietzsche. Sem deixar que a moral da sociedade o invadisse ou conrompece a moral particular. Com a ausência de Deus e de qualquer possibilidade de vida após a morte, os niilistas passivos, desprezam suas próprias vidas e as consideram uma grande perda de tempo. Já os niilistas Nietzschianos não se conformam em simplesmente esperar a morte, mas sim, tentam achar um significado diferente dentro de cada ser...


Depois de Nietzsche surgiram outras formas de pensamentos niilistas com derivações, das quais podemos destacar o niilismo-existencialista de Sartre e o niilismo-gnóstico/niilismo-absurdista de Albert Camus.


O “pessimista” julgados hoje são os niilistas e os pessimistas em essência são os grandes revolucionários da vida.


Poderia até arriscar aqui em dizer que Jesus foi um grande pessimista. Acreditou na vida e lutou por ela, enfrentando a moral de um povo cego e hipócrita... assim como muitos outros que não se conformam com a vida mediocre.


Fabiane Rivero Kalil

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